quarta-feira, 30 de julho de 2014

Sala do educador: a escola do campo.


Tivemos mais uma vez, na tarde de hoje, na Escola Padre César Albisetti, em Poxoréu, MT, mais uma jornada da sala do educador. Desta feita, contamos com a colaboração da professora Leda Figueiredo Rocha do Lago, assessora pedagógica da SEDUC nesta cidade de Ayrenas,  a qual nos falou sobre a escola do campo. 
A Escola Padre César Albisetti foi enquadrada neste ano de 2014 como escola do campo.

 Segundo a professora Leda, uma escola do campo deve desenvolver suas atividades pedagógicas  de forma vinculada/ relacionada com as atividades desenvolvidas no campo, de onde procedem essa clientela especial. 
A palestrante falou sobre os princípios legais que regem as escolas do campo e  debateu conosco diferentes alternativas de trabalho. Ao seu entendimento, o professor deve explicar aos alunos em quais situações o conhecimento trabalhado poderá ser aplicado, ou seja, deve fazer uma ligação direta entre a teoria e a prática.


A professora Leda deverá continuar cooperando com a nossa sala do educador em nossos próximos encontros.

quinta-feira, 24 de julho de 2014

A teoria da educação nivelada por cima


Izaias Resplandes de Sousa, pedagogo, professor de Matemática e advogado militante em Mato Grosso.












“A educação vai mal”. Esse é o eco que se ouve nesse Brasil cada vez mais recheado de gente por todos os lados. De gente, de carros, de lixo e de miseráveis gentalhas, pessoas que estão se mantendo vivas abaixo da linha das gentes, em condições subumanas. E no eco dos ecos se ouve muito que “o culpado” disso tudo é o professor, categoria em que me encaixo.
É de ver que não resisto à boa crítica. Sou a favor das avaliações de meu desempenho enquanto professor. Aliás, faço sempre o meu ato pessoal de contrição no que se refere à minha atuação. Reconheço a minha culpa em muitas de minhas ações que não deram certo e em tantas omissões e covardias, por ter amarelado e sequer tentado em outras tantas situações. Repito que aceito a crítica e que também faço a autocrítica. Mas, discuto a mera crítica pela crítica, que não aponta uma eventual solução para os nossos dramas de incompetência profissional. Criticar sem mostrar pelo menos uma idéia de como resolver o problema, ao meu juízo é pura abobrinha chocha inapreciável. Pelo direito de falar e de ouvir, eu escuto, às vezes discuto, mas na maioria dos casos deixo que entre por um ouvido e saia pelo outro, ou então, para não me arrepender mais tarde, que se arquive na lixeira recuperável, para o caso de poder ser utilizada algum dia, se de alguma forma se tornar apreciável.
Sim, é possível que a educação vá mal. O que precisaríamos descobrir, para servir como parâmetro é quando foi que ela esteve bem, se é que algum dia ela tenha sido boa. E olhe que isso não é desabafo de professor inútil e incompetente, que talvez seja o que eu seja. Não! Isso é autocrítica. Isso é uma conversa comigo mesmo, numa tentativa de dialogar com alguém na busca de uma solução que produza a tão cobiçada educação de qualidade.
Sabemos que toda regra tem exceção e que no meio dessa multidão que simplesmente prossegue, “tocando em frente” como diz o Almir Sater, como uma “Maria que vai com as outras” ou como boi e vaca em estouro de boiada, existem aqueles que pensam e agem de forma a fazer a diferença. Tenho defendido a nivelação do ensino de qualidade por estes, valorizando o seu esforço para ultrapassar as linhas da média, porque acredito que serão eles que realmente farão a diferença em prol de todos nós, que simplesmente choramos, lamentando o fato de que “Inês já é morta”, mas nada fazemos para que nós e as demais Inezes, também não sucumbam ao mesmo desatino cruel, por conta da falta de respostas reparadoras.
Eu cogito que, proporcionalmente falando, a educação formal, aquela ministrada em escolas, continua mantendo os mesmos índices de aproveitamento de todos os tempos, ou seja, pouco mais que nada. De igual forma, cogito também que as pessoas que têm se destacado no aprendizado escolar de alguma arte do saber e proporcionado alguns avanços para os nossos males de progresso e desenvolvimento são exatamente aquelas que bem pouco necessitaram de seus mestres para adquirirem os fundamentos básicos de sua formação. Elas já chegavam na escola com essa base pronta. E, justamente por isso, podiam exigir deles uma orientação mais especializada, o que lhes possibilitavam avançar sempre, enquanto seus demais colegas de classe patinavam nas recuperações e provas de vexames finais para conseguirem passar de ano.
Ao propor a nivelação do trabalho educacional por cima da média e não por baixo, como se costuma fazer em nossos dias, não estou pensando como Hitler e seu grande apego pela raça ariana, que considerava superior às demais e que, por conseguinte seriam as que deviam sobreviver, enquanto que as demais, como os judeus, por exemplo, deveriam ser eliminadas. Não estou querendo eliminar ninguém , tampouco ressuscitar teorias de controle do crescimento populacional como as Malthus que recomendava “a sujeição moral de retardar o casamento, a prática da castidade antes do casamento e que se tivesse apenas o número de filhos que se pudesse sustentar”. Pelo contrário...
Meu desejo e minha eterna busca são no sentido de salvar a todos, até
que consigamos encher, não apenas o planeta Terra, mas sim, todo o universo, como determinou o Deus criacionista, no qual eu creio, quando criou o primeiro casal de humanos: crescei, multiplicai e enchei a terra. Cogito que, em um futuro bem distante, talvez tenhamos que pensar em controle de natalidade, mas não por hora, quando ainda imaginamos a existência de tantos e tantos planetas desabitados por esse universo afora.
No compasso da Teoria da Nivelação Por Cima da Média que ora defendo, proponho que se faça em favor de todos, apenas a chamada educação básica, com critérios rígidos de progressão, para que se dêem oportunidades de reação às mentes presentes no processo formativo, no intuito de buscarem ser selecionadas para a fase seguinte.  Somente os melhores deverão ser promovidos de fase, de série ou de ano como se costuma denominar o progresso no ensino formal. A reprovação será benéfica, pois fará com que o indivíduo busque sair do comodismo. E assim, com essa estratégia seletora se vai formando o grupo das pessoas geniais que não avança aritmeticamente, mas sim, geometricamente, aqui novamente relembrando Thomas Maltus.
Ao diminuir o número de pessoas nas etapas do ensino que vão além da
educação básica, dispor-se-á de muito mais recursos materiais e financeiros, para dar suporte a esse trabalho avançado, em favor da sobrevivência da grande maioria populacional.
Os professores dos níveis superiores serão bem remunerados. Não terão que se matar de trabalhar para garantir sua subsistência com um mínimo de dignidade. Trabalharão jornadas saudáveis. Terão alimentação, descanso e lazer de qualidade. Desfrutarão de boas companhias sexuais e conseguirão extravasar seu estresse ao final de cada jornada. Serão pessoas bem humoradas, bem dispostas, felizes e super produtivas.
Os grupos de pesquisa de soluções para os males da humanidade serão bem sucedidos porque terão suas necessidades básicas e fundamentais devidamente atendidas. Conforme prevê a Teoria de Maslow, estarão muito bem motivados para encontrar soluções que permitam um viver ainda mais excepcional. E então os homens poderão desfrutar de um eterno welfare state, teoria originária no pensamento keynesiano surgida após a Grande Depressão dos anos trinta.
Pelos princípios do Estado de bem-estar social, todo o indivíduo teria o
direito, desde seu nascimento até sua morte, a um conjunto de bens e serviços que deveriam ter seu fornecimento garantido, seja diretamente através do Estado ou indiretamente, mediante seu poder de regulamentação sobre a sociedade civil. Esses direitos incluiriam a educação em todos os níveis, a assistência médica gratuita, o auxílio ao desempregado, a garantia de uma renda mínima, recursos adicionais para a criação dos filhos, etc.
Defendo ainda que a educação infantil seja responsabilidade dos pais e que o Estado tutele apenas a educação dos órfãos e dos muito necessitados. Caberá aos pais a incumbência de contratar pedagogos para conduzir, segundo os valores familiares de cada família, a educação dos pequenos infantes, quando eles mesmos não puderem levar a cabo essa nobre missão de promoção da educação de berço.
A educação infantil será realizada de forma lúdica. A criança deve aprender brincando, de forma prazerosa, desfrutando da agradável companhia de seus pais, avós e outros ancestrais que ainda estiverem vivos.
Seguindo esses princípios, com  certeza teremos uma educação de qualidade para todos, investindo os recursos públicos de forma mais intensa na formação das mentes que mais genialmente se destacarem durante o período da educação básica obrigatória e gratuita prestada pelo Estado.
Essas são as linhas gerais da proposta que tenho para produzir uma educação de qualidade que redunde em benefício para todos os homens, nadando em confronto direto contra a Teoria da Educação Nivelada Por Baixo, atualmente praticada em nosso país.

quarta-feira, 9 de julho de 2014

Brasil e Alemanha: nossa derrota fora do gramado é mais vergonhosa

Brasil e Alemanha: nossa derrota fora do gramado é mais vergonhosa

Disponível em: <http://professorlfg.jusbrasil.com.br/artigos/126652814/brasil-e-alemanha-nossa-derrota-fora-do-gramado-e-mais-vergonhosa?utm_campaign=newsletter&utm_medium=email&utm_source=newsletter>. Acesso em: 09/07/2014
Publicado por Luiz Flávio Gomes - 9 horas atrás
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No gramado perdemos para a Alemanha de 7 a 1. O mundo desabou sobre nossa cabeça. Pior é que são raros os momentos em que somos todos brasileiros (rico e pobre, preto e branco, PT e PSDB, católico ou protestante etc.), atacando numa única direção. Fora do gramado, no entanto, em termos de país competitivo e de qualidade de vida, nossa derrota é muito mais vergonhosa. O que me deixa desapontado é que esta segunda não nos causa tanta decepção como a primeira. Vamos aos números.
Entre 1980 e 2012, o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) da Alemanha passou de 0,780 para 0,920. É o 5º país no índice geral, 80 anos de esperança de vida e renda per capita de US$ 41 mil. O IDH mede a renda das pessoas, escolaridade e expectativa de vida. Ela saiu arrasada da Primeira Guerra Mundial (1914-1918). Saiu destruída do nazismo e da Segunda Guerra Mundial (1933-1945). Hoje é a nação economicamente mais forte da Europa, tendo alcançado o nível excelente em qualidade de vida em poucas décadas. Técnica, planejamento, organização, dedicação, empenho: são qualidades que eles esbanjam orgulhosamente.
E o Brasil? De 1980 a 2012 nós melhoramos (saímos de 0,522 para 0,730 no IDH), mas ocupamos a vergonhosa posição de número 85. Somos hoje menos que a Alemanha em 1980. Pior: há muitos anos estamos patinando na casa dos oitenta no IDH. O Brasil melhorou, mas estamos longe das nações civilizadas. Nossa esperança de vida é de 74 anos, escolaridade média de 7 anos (contra 13 dos alemães) e nossa renda per capita é de US$ 12 mil. Tanto Brasil como Alemanha estão entre os 10 países mais ricos do planeta. Ocorre que eles são ricos e promoveram o desenvolvimento da qualidade de vida das pessoas (5º do mundo); nós somos ricos e extremamente desiguais: baixa escolaridade, ¾ da população são analfabetos funcionais, piores índices na educação, ridícula competitividade, precária inovação, serviços públicos de quinta categoria, transporte público indecente, saúde doente, Justiça injusta e morosa, escola analfabeta etc. Somos, não por acaso, o 85º país do mundo (dentre 186) em termos de qualidade de vida.
Temos capacidade para produzir riqueza, mas nunca soubemos transformar isso em qualidade de vida para todos (veja Flávia Oliveira, O Globo 9/7/14: 26). Sabemos ganhar, mas não temos a menor ideia do que seja distribuir. Socioeconomicamente sabemos rivalizar, não cooperar. O índice Gini da Alemanha (é o que mede a desigualdade: quanto mais se aproxima do zero, mais igualdade; quanto mais perto do 1, mais desigualdade) é de 0,27; o do Brasil é 0,51. Somos o dobro de desiguais. O que isso provoca? Violência, desorganização social, péssima qualidade de vida, miséria, fome etc. Um exemplo: os alemães contam com menos de 1 assassinato para cada 100 mil pessoas (0,8, em 2011). E o Brasil? 29 para cada 100 mil (em 2012). Somos mais de 30 vezes mais violentos que eles. Essa é uma das nossas tragédias, que os alemães não conhecem. Somos ainda o 12º país mais violento do mundo, o campeão mundial nos homicídios em números absolutos (56 mil por ano) e, das 50 cidades mais letais, 16 estão no nosso país.
De todas essas goleadas acachapantes nós não nos envergonhamos. Da desigualdade temos orgulho, não vergonha. Que pena! Aqui é que temos que nos superar: em qualidade de vida, uso da tecnologia, ciência, conhecimento, educação... Feito isso, muitas estrelinhas vamos colocar na camisa da seleção brasileira, porque não nos falta talento e habilidade.
Luiz Flávio Gomes
Publicado por Luiz Flávio Gomes
Jurista e professor. Fundador da Rede de Ensino LFG. Diretor-presidente do Instituto Avante Brasil. Foi Promotor de Justiça (1980 a 1983), Juiz...
 
 

terça-feira, 8 de julho de 2014

Ganhar e perder


É evidente que para alguém ganhar, alguém que perder. Não gostamos de perder, mas às vezes é bom que isso aconteça para que se diminua o convencimento e se prepare melhor para continuar. Ainda somos os únicos PENTACAMPEÕES DO MUNDO. Ainda temos o maior número de títulos mundiais. E ainda temos 4 anos para nos preparar para conquistar esse HEXA. O que não podemos é tirar sarro e onda de nossos atletas. Eles não têm culpa de terem encontrado uma equipe. melhor preparada do que a nossa. Vamos em frente. Temos muitos motivos mais graves do que esse para chorar e outros muito mais importantes ainda para nos alegrar. Vamos em frente: VIVER E NÃO TER A VERGONHA DE SER FELIZ!!! Eu te amo meu Brasil. Sou brasileiro na alegria e na tristeza, na vitória e na derrota.